segunda-feira, 15 de julho de 2013

"Vontade" de morrer

Você também poderá ouvir este episódio no podcast Caminhos da Reflexão.




Todo depressivo que se preza já sentiu (ou sente) "vontade" de morrer. Entretanto, esse desejo é metafórico e está intrinsecamente relacionado às nossas crenças.

O mal do século – a depressão, parece ter chegado para ficar – e condenar. Instala-se no centro nervoso, assim, como quem não quer nada, e percorre todos os labirintos neurológicos, corroendo os sentimentos de otimismo e desafiando a imunidade. Age de tocaia, permitindo um desânimo hoje, uma melancolia amanhã, e quando finalmente diagnosticada, a doença já aniquilou boa parte das endorfinas, responsáveis pela sensação de felicidade e bem-estar do indivíduo. Consequentemente, surge um intenso desejo de autopunição: o de não merecer continuar vivendo.

Na realidade, vontade de morrer para um depressivo tem o mesmo sentido de ruptura brusca do estado de ânimo que deteriora a mente, o coração e a alma e que desencadeia seus transtornos emocionais, para se transfigurar e voltar ao Éden, por exemplo, porque todas as nossas crenças nos levam a entender que no Paraíso não há dores e nem sofrimento.


Portanto, ao experimentar ou afirmar esse anseio irracional, o depressivo pretende transmitir que quer novamente se sentir digno da própria vida.

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