sexta-feira, 22 de abril de 2016

CRÔNICA POÉTICA - DUELO COM CICLISTAS



As Ruas da ex-Cidade das Bicicletas não querem mais saber de ciclistas.

Elas estão repletas de minas que ejetam os ciclistas desavisados. Ou cheias de armadilhas, que engolem as presas sobre duas rodas. As Ruas preparam-se diariamente para duelar com as rodas e que vença quem saber voar.

As Ruas trapaceiam: levam pela ciclovia, e em determinado trecho, apagam as linhas para ciclistas feito borracha, e aí, o ciclista liga o botão “Flutuar”.

E flutua mesmo, boiando no espaço da rua inacabada.

Lugar de ciclista não é calçada, nem via. Mas cadê a ciclovia? Alguém via antes? Ou a via depois que saiu a Rua? Enfim, havia um tempo em que a carroça tinha via junto com o cavalo. Mas e a via? Havia? Sim, pro pedestre e pro burrico. E agora? Há via para todo mundo? Há não, nem pra ciclista anão, nem pra ciclista grandão.

Ai, ai, ai! Onde se via carroça, hoje há via de asfalto; onde havia mato, hoje há via de chão.
Enfim, quanta via precisa para fazer uma rodovia? Sem buraco, nem armadilha para pedestre ou para ciclista?

Se antes havia para todos, porque hoje não há via suficiente para tanta gente?

Ligando o botão “Aterrissar”...


quinta-feira, 21 de abril de 2016

GRATIDÃO


Você também poderá ouvir este episódio no podcast Caminhos da Reflexão.




Sou grata pelo que tenho, e até pelo que ainda não possuo, pois isso me dá a possibilidade de sonhar.

Sou grata pela boa refeição e pela que ainda virá, pois o apetite é sinal de evidente saúde.

Sou grata pelas “obras de arte” que coleciono, pois:

-        joelhos ralados indicam que fui uma criança com sede de aventura e feliz, e que os tombos não me venceram e eu sempre me reergui;

-        pelos cortes e arranhões nos braços e nas mãos, pois fizeram parte de uma historia que me trouxe até aqui;

-        pelas rugas que se ramificam em meu rosto, apresentando trechos da minha jornada e do que me tornei;

-        pelas cicatrizes que trago dentro do corpo, que são os “cortes” que a vida me deu por dentro, mas que me fizeram amadurecer;

-        pelos cabelos brancos escondidos sob as nuances das minhas escolhas, certas ou erradas, mas realizadas em algum momento da minha existência;

-        pelos pés rachados de andar nas estradas do esforço, e de desviar das pedras que ameaçavam me impedir de avançar;

-        pelos vasos sanguíneos irrigados de gordura ou açúcar, pois isso prova que aproveitei as dádivas dos alimentos energéticos;

Sou grata pelo simples fato de ter uma caneta sem tampa e uma agenda velha para relatar minhas bênçãos.

E acima de tudo, sou grata por ter Deus vivendo dentro de mim.



INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO

O povo brasileiro é criativo e empreendedor, principalmente motivado por ambientes de crise, como a pandemia do Covid-19, que refreou a econ...