As Ruas da
ex-Cidade das Bicicletas não querem mais saber de ciclistas.
Elas estão repletas
de minas que ejetam os ciclistas desavisados. Ou cheias de armadilhas, que
engolem as presas sobre duas rodas. As Ruas preparam-se diariamente para duelar
com as rodas e que vença quem saber voar.
As Ruas
trapaceiam: levam pela ciclovia, e em determinado trecho, apagam as linhas para
ciclistas feito borracha, e aí, o ciclista liga o botão “Flutuar”.
E flutua
mesmo, boiando no espaço da rua inacabada.
Lugar de
ciclista não é calçada, nem via. Mas cadê a ciclovia? Alguém via antes? Ou a
via depois que saiu a Rua? Enfim, havia um tempo em que a carroça tinha via
junto com o cavalo. Mas e a via? Havia? Sim, pro pedestre e pro burrico. E agora?
Há via para todo mundo? Há não, nem pra ciclista anão, nem pra ciclista grandão.
Ai, ai, ai! Onde
se via carroça, hoje há via de asfalto; onde havia mato, hoje há via de chão.
Enfim, quanta
via precisa para fazer uma rodovia? Sem buraco, nem armadilha para pedestre ou
para ciclista?
Se antes havia
para todos, porque hoje não há via suficiente para tanta gente?
Ligando o
botão “Aterrissar”...
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